Parabéns, Holy Sophie

Decidi esperar até hoje para escrever.
-Mas porquê? 
Porque hoje faz 18 anos que nasci. Não é nada do outro mundo, todas as pessoas maiores de idade já passaram por isto e a sensação é exactamente a mesma de quando fizeste os 17, 16...
É só mais um ano que nos passou a frente sem nos darmos conta. 
Normalmente é no dia dos meus anos que me dou conta de quão rápido passa o tempo e que fiz tão pouca coisa destacável durante todo este tempo. Mas considero-me uma pessoa feliz com muitos objectivos pela frente, aos quais hei de chegar qualquer dia. De preferência o mais rápido possível, apesar de eu me repetir constantemente que as coisas virão quando tenham de vir.
Mas olhando pelo lado positivo, acabei o secundário com umas notas agradáveis a vista, umas boas amigas e principalmente com boas memórias destes último dois anos que cá passei.

Dizem que quando fazes os 18 anos as coisas em casa mudam, o modo como as pessoas te tratam, como falam para ti e do que falam contigo.
Eu ainda desconheço todas essas mudanças, mas o que é certo é que, em teoria, eu ainda não nasci.
Porque é que será que alguns bebés custam tanto a nascer?
Sabe tão bem quando a nossa mãe nos diz que não lhe demos guerra durante o parto...
Mas já se devem ter dado conta que não foi o meu caso...
Claro que automaticamente a nossa mãe tem tendência a comparar-nos com o nosso irmão/a quando se fala dessa situação.
Mas o facto de ter custado mais ou menos acho que não quer dizer nada, apesar do meu pai já me ter dito que os bebés que custam mais a sair são mais inteligentes.
Nem sequer faz sentido, mas obrigado pela intenção, pai.
Suponho que durante estes 18 anos sempre tentei mostrar aos meus pais que talvez o meu pai tivesse um bocadinho de razão no que dizia.
São esforços que valem a pena e que se calhar agora não lhe damos valor, mas daqui por uns anos virão os arrependimentos.
Mas hoje não vou pensar em mais nada a não ser em divertir-me, porque acho que mereço. Porque os 18 não se fazem todos dias e porque, apesar de eu não gostar de dar nas vistas, hoje vou receber a atenção das pessoas mais próximas a mim e eu vou gostar disso.

Sxphie


Tea and Books

Não é novidade nenhuma para mim estar a escrever num blogue, mas por alguma razão deixei de postar as simples palavras que me apeteciam escrever no momento.
Expus o meu lado mais sentimental ao mundo da Internet, expressando todas e cada uma das coisas que naquele momento me preocupavam e me incomodavam.
Talvez tivesse a sensação de que não podia contar com ninguém para desabafar, ou talvez fosse a vergonha que me inibia de contar o que fosse a alguém conhecido.

Hoje, dia 15 de Dezembro, decidi envolver-me mais uma vez no mundo da escrita. 
Sempre adorei inventar pequenas histórias e posso confessar que um dos meus sonhos sempre foi escrever um livro que fosse reconhecido. Que mais posso dizer? Penso que é uma das coisas que herdei da minha mãe.
Deve ser tão boa a sensação de andar a passear, seja na rua ou num centro comercial, e ver o teu livro ao lado de outras excelentes obras na livraria a que tu costumavas ir. Onde as horas passavam e nem davas por isso. Onde havia sempre a indecisão de que livro comprar. Onde saías sempre com um saco na mão e um novo livro para engolir ler nessa mesma noite.

Recordo que o meu gosto pela literatura começou em 2008. 
Eu, com 12 anos, dediquei-me a chatear a cabeça dos meus pais durante bastante tempo, insistindo constantemente em que me oferecessem nos anos ou no natal o meu primeiro livro "a sério".
Era um livro que não me tinha sido pedido pela escola para ler durante o ano lectivo, nem era uma coisa que as minhas amigas tivessem pedido aos pais. Nem sequer acho que seja comum uma rapariga dessa idade pedir uma prenda como essa.

O Diário de Anne Frank. O primeiro de tantos livros que com o passar dos anos fui obtendo.
Lembro-me de ter chorado rios ao rasgar o papel de embrulho e ver a capa do livro. Também me lembro de ver a minha cara nas fotografias que tiraram nesse momento. Nada agradável. 
Mas presenciou-se ali um momento de alegria que ainda hoje não sei descrever.

O que sim sei descrever é o quanto me vou esforçar para manter este blog vivo semana a semana, cheio de novidades, histórias para ler a qualquer hora que vos possam interessar, e talvez ajudar a esquecer durante uns minutos a rotina diária. E ao mesmo fazer aquilo que mais gosto, a parte de beber chá.


Sxphie.